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Recentemente, tivemos a oportunidade de entrevistar a arquiteta equatoriana Lorena Darquea (1987), especialista em fotografia de arquitetura. Apesar de sua nacionalidade, Lorena cursou seus estudos de arquitetura no México e realizou um intercâmbio na Finlândia, o que despertou sua paixão pela fotografia de arquitetura.
"Vejo a arquitetura de outra forma, vejo como a fotografia é um complemento à arquitetura e percebo que existem outras formas de projetar e construir. De certa forma já não estou projetando como antes", comenta Lorena sobre como a aproximação da fotografia à arquitetura mudou sua forma de entender a obra.
A seguir a entrevista completa.
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Você é arquiteta?
Sou arquiteta, me formei na Tec de Monterrei (ITESM) no campus de Monterrei. Apesar de ser equatoriana vim para o México realizar minha graduação em arquitetura.
Quando e como você começou a fotografar arquitetura?
Minha primeira experiência com fotografia de arquitetura foi quando estudei na Finlândia. Fiz um intercâmbio com a Universidade Aalto e cursei uma disciplina chamada Artes Visuais ministrada por Hannu Koivisto, arquiteto e fotógrafo. Ele me apresentou à fotografia de arquitetura e, desde então, me encantou a ideia de fazer o que ele fazia. Voltei a viver no Equador em 2012 e decidi abrir um escritório de fotografia de arquitetura.
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Do que você gosta no seu trabalho de fotógrafa de arquitetura?
Trata-se de um trabalho que te permite estar em constante movimento, conhecendo diferentes cidades, projetos e pessoas. Você chega a criar experiências muito boas e relações com os arquitetos e/ou proprietários dos projetos. A fotografia de arquitetura te permite conhecer e entender de forma muito íntima as obras, me considero uma pessoa de muita sorte.
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Arquiteto favorito?
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Obra favorita?
Artista ou estúdio de visualização favorito de arquitetura?
Gosto do Studio Olafur Eliasson.
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Como você se mantém a par do que está acontecendo na indústria?
Quando não se passa tanto tempo no escritório, o Instagram é uma ferramenta muito útil para me manter informada a qualquer momento. Sigo diferentes escritórios, arquitetos, artistas, fotógrafos, revistas e páginas de arquitetura.
Qual software você utiliza?
Lightroom e Photoshop.
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Que hardware você utiliza?
Para edição de fotos meu equipamento é Mac e para fotografar, Canon.
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Como você definiria seu estilo?
Não gosto de limitar-me em um estilo, pois acredito que a fotografia vai mudando de acordo com o projeto e isso é o que faz tão divertido o trabalho. Apesar disso, gosto muito de trabalhar com a materialidade dos espaços, jogos de luz e sombra, escalas humanas, texturas e, especialmente, o contexto, acredito que isso define muito minhas fotos.
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Como você resumiria seu trabalho?
A necessidade de fazer fotografia, nasceu pela busca contínua por capturar diferentes espaços dos quais eu gosto e os quais geram diferentes sensações. Sempre busco que minhas fotos mostrem todos os detalhes dos espaços, a materialidade, diferentes texturas e sensações que a arquitetura proporciona. Esse foi o início, e penso que segue sendo o fator constante de cada sessão que faço.
Dessa forma, nasceu o LorenaDS Fotografia Arquitetônica, foram três ótimos anos. Em meados desse ano, restabeleci meu escritório em Guadalajara e viajo constantemente a Quito.
Atualmente estou trabalhando com vários escritórios em Guadalajara, Tijuana, Guanajuato e Equador.
No final desse ano será lançado o primeiro livro com o qual colaborei neste verão fazendo todas as fotos para um escritório de arquitetos equatorianos. A maior notícia que acabo de receber a poucas semanas foi o convite por parte da Global Arts Affairs Foundation para expôr meu trabalho de fotografia em sua exposição, que acontecerá paralelamente à Bienal de Veneza de 2016. Agora estou trabalhando arduamente para conseguir fundos e concretizar a exposição que seria no próximo ano.
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De que forma, caso isso tenha acontecido, a aproximação fotográfica da arquitetura mudou sua forma de ver a profissão?
Esta é uma pergunta difícil. Agora aproveito mais a profissão, pois vejo a arquitetura de outra forma, vejo como a fotografia é um complemento para a arquitetura e que há outras formas de projetar e construir. De certa forma, já não estou projetando como antes e é difícil (é um golpe ao meu ego, por que acredito que para um arquiteto é difícil deixar o exercício de projeto em segundo plano) mas continuo muito relacionada à arquitetura, é diferente, mas me faz mais feliz.
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Que conselho você daria a alguém que deseja começar a fotografar arquitetura?
Eu aconselharia a fazer muitas fotos e experimentar, isso te ajuda muito a melhorar e a entender o que você quer alcançar com suas fotos. Pouco a pouco você começa a ganhar mais experiência e a entender o que deseja mostrar com seu trabalho.